
segunda-feira, 20 de julho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Como é feito o Orçamento Público

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aprovada em 2000 pelo Congresso Nacional introduziu novas responsabilidades para o administrador público com relação aos orçamentos da União, dos Estados e Municípios, como limite de gastos com pessoal, proibição de criar despesas de duração continuada sem uma fonte segura de receitas, entre outros. A Lei introduziu a restrição orçamentária na legislação brasileira e cria a disciplina fiscal para os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
A Constituição Federal de 1988 atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo sistema de Planejamento e Orçamento Municipal e a iniciativa dos seguintes projetos de lei: O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Orçamento Anual (LOA).
O Projeto de Lei do PPA define as prioridades do governo por um período de quatro anos e deve ser enviado pelo Executivo para Câmara Municipal até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato. De acordo com a Constituição Federal, o Projeto de Lei do PPA deve conter "as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada". O PPA estabelece a ligação entre as prioridades de longo prazo e a Lei Orçamentária Anual.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser enviado pelo Poder Executivo até o dia 15 de abril de cada ano. A LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente e orienta a elaboração do Orçamento. Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com as Secretarias Municipais e a Unidade Orçamentária do poder Legislativo.

A Lei Orçamentária estima as receitas e autoriza as despesas de acordo com a previsão de arrecadação. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo submete ao Poder Legislativo projeto de lei de crédito adicional.
domingo, 14 de junho de 2009
Gestão transparente nas contas públicas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a chamada Lei Capiberibe, que leva o nome do seu autor, João Capiberibe, ex-senador e ex-governador do Amapá, que foi o primeiro gestor público a divulgar as suas contas na internet, em tempo real.
Em 2003, João Capiberibe no exercício do cargo de Senador da República, apresentou o projeto de lei, aprovado por unanimidade pelos Senadores, que previa total transparência na divulgação das contas públicas. Após seis anos de tramitação, em maio passado, o projeto de lei foi aprovado por 389 votos na Câmara dos Deputados. Subiu então à sanção presidencial.
Pela nova Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100 mil habitantes têm o prazo de um ano para se adequar à lei. As cidades com população entre 50 mil e 100 mil habitantes terão dois anos e aqueles com até 50 mil habitantes ganharam o prazo de quatro anos. Se as contas não estiverem disponíveis na Internet dentro desses prazos, o município ou estado será punido com a suspensão das transferências voluntárias.

Com a nova lei, a publicação passa a ser obrigatória e todas as informações sobre a movimentação financeira dos órgãos públicos deverão ser detalhadas para qualquer pessoa que tenha acesso à internet, automaticamente em tempo real. Deverá ser publicado todo o detalhamento da nota fiscal, o bem comprado ou o serviço prestado, o número do processo, quem recebeu e quando foi o pagamento. Como a compra vai para a Internet, em tempo real, pode-se acompanhar o que qualquer ente público pretende adquirir. O detalhamento exigido pela Lei Capiberibe chega ao custo, marca e volume unitário do produto comprado em determinada nota fiscal, além do volume total, data de compra e nome do fornecedor, permitindo a fiscalização pela comparação.
Caso haja indícios de superfaturamento ou de irregularidades no processo da compra do bem ou serviço, o cidadão pode fazer uma denúncia ao Ministério Público e a compra pode ser suspensa, já que ainda não foi paga.
Também deverá ser divulgada toda a receita do governo: quanto arrecada em receitas próprias do IPTU e ISS, os repasses do Fundo de Participação, as verbas de emendas parlamentares, as transferências fundo a fundo, dentre outras...
Já não era sem tempo. Afinal de contas, a transparência é um dos objetivos essenciais da moderna Administração Pública. A ampliação da divulgação das ações governamentais a milhões de brasileiros, além de contribuir para o fortalecimento da democracia, prestigia e desenvolve as noções de cidadania.
sábado, 6 de junho de 2009
Cadê o meu São João?

Mais uma vez os festejos juninos, que já tomam conta da capital da energia e dos municípios da região, se distanciam do verdadeiro sentido das comemorações de Santo Antonio, São João e São Pedro. Bandas e atrações de renome nacional (às quais tenho o maior respeito) irão “abrilhantar” os nossos festejos em homenagem aos santos católicos. Não sou contra estas bandas ou atrações. Sou contra é o uso do dinheiro público para financiar grandes atrações artísticas e empresários do setor de promoções e eventos.
Numa região pobre e com serviços públicos de educação e saúde de baixa qualidade, é indemissível que gestores públicos apliquem verdadeiras fortunas no financiamento de uma cultura exótica a nossa. São dois grandes equívocos: o primeiro quando o dinheiro público do nordestino pobre e excluído servindo para financiar a cultura “sertaneja” do sudeste maravilha ou as bandas estilizadas e artistas do Ceará e da Paraíba. Não se valoriza os artistas da terra. Ficam esquecidos os grupos folclóricos dos cangaceiros, as quadrilhas tradicionais e os forrozeiros Deca do Acordeom, Enoque, Elias Nogueira, Trapiá, Forró Desarmado, Bia Leite, Vitorino e Voz de Ouro, Dissonantes, dentre tantos outros talentos locais. O segundo equivoco é que se a intenção do serviço público é aumentar o número de visitantes para a nossa cidade não é desta forma que o turista vai se sentir atraído em sair de sua casa para ver a mesmice que ele já tem na sua terra natal.

Se quisermos ser diferentes temos que valorizar o que é nosso. É preciso promover o resgate do mais tradicional festejo de São João comemorado pela população e pelos turistas ao som da sanfona com a tradicional quadrilha, casamento matuto, forró pé de serra, xote, xaxado e baião. Pequenas ou grandes festas que reúnam a comunidade e muitos turistas, com barracas de comidas típicas feitas de milho, como a canjica e a pamonha, amendoim cozido, sarapatel, carne bode. No palco, show com artistas da terra e queima de fogos de artifício que, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. É o agradecimento do povo nordestino a Santo Antonio, São João e São Pedro pelas chuvas caídas nas lavouras, da colheita do milho e da safra de “inverno”.

sexta-feira, 5 de junho de 2009
5 de Junho: Dia do Meio Ambiente



Toda e qualquer ação humana tem impacto sobre o meio ambiente. É hora da contensão e respeito aos limites. O aquecimento global já começa a apresentar resultados desastrosos por causa das poluições dos rios, lagos, aqüíferos e mares, desmatamentos, queimadas, acúmulo na produção de CO² (Gás Carbônico) pela queima de combustíveis fósseis e consequente aumento o efeito estufa.
Ainda nos primeiros anos da escola aprendemos que as plantas transformam o gás carbônico em O² (oxigênio) através de um processo chamado de fotossíntese. É assim que a natureza renova o gás carbônico do ar para obtér-se o oxigênio. Árvores e plantas são vitais para o ecossistema.
Existe escassez de água doce, menos de 1% apenas pode ser consumida pelo ser humano. Nos últimos anos, a ONU registrou mais de 1.800 conflitos por falta da água em outras Nações. No Brasil, por falta de tratamento da água e saneamento, 63% das crianças são internadas e 30% morrem antes de completarem um ano de vida.
O Dia Mundial do Meio Ambiente nos serve para lembrar que o meio ambiente pede socorro. É preciso trabalhos de conscientização, a começar pelas escolas, numa atuação constante dos governos municipais, estaduais, federal e de organizações não governamentais, enfatizando obrigações, deveres e direitos dos cidadãos.
sábado, 30 de maio de 2009
A logomarca e a propaganda dos governos

É lugar comum as administrações públicas no inicio das suas gestões criarem uma marca com um slogan e as cores do novo governo. A equipe de marketing esforça-se para resumir em poucas palavras e imagens a “cara” do novo governo. Goste-se ou não, aquela é e passa a ser a marca da administração pública. E essas marcas são pintadas em toda a estrutura pública, prédios públicos, carros, material de expediente, etc. Uma prática geral que sobrevive às campanhas eleitorais País afora. A criação de logomarcas nunca foi declarada ilegal, incluindo a de todos os governos municipais, estaduais e federal. Passados e presentes.
Defendo o fim dessas logomarcas na administração pública. É preciso uma ruptura com este modelo tradicional de publicidade no setor público. O País inteiro desrespeita a Constituição. O atual modelo personalista privilegia a ação do governante de plantão e não a ação do Estado. Como cada gestor quer impor sua própria marca de governo gasta-se fortunas para repintar e refazer uma infinidade de materiais e equipamentos.
Para promover tal ruptura, basta seguir ao pé da letra o que determina a Constituição do Brasil. Está lá, no artigo 37: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
Com o fim do modelo tradicional de publicidade oficial praticada no Brasil, um governante terá também que suportar as pressões políticas. Inclusive, as suas próprias. Para um político, é difícil resistir é idéia de, por exemplo, aparecer numa peça publicitária inaugurando uma obra e com textos relatando os quilômetros de estradas construídas ou na quantidade de casas populares erguidas.
Além de adequar a publicidade à lei, este novo modelo economiza dinheiro público. Cada esfera de governo usará apenas os símbolos oficiais. O brasão da república, do estado ou do município, dependendo do caso, passaria então a ser a única marca a ser usada tanto na propaganda oficial quanto em toda a estrutura do governo.
sábado, 23 de maio de 2009
Alternativo sim, clandestino não

A audiência publica promovida pela Agencia Estadual de Regulação dos Serviços de Energia Transportes e Comunicação - AGERBA, nesta ultima sexta feira, 22/05, na Câmara de Vereadores de Paulo Afonso, com a participação de cooperativas, empresas de ônibus, entidades de defesa de consumidores, vereadores, e deputados da região trouxe para o debate a decisão atrasada, porém corajosa, do governo do estado da Bahia em regulamentar o transporte intermunicipal alternativo.
A Bahia é o último estado nordestino à regular este serviço. Um estado de dimensões continentais, com 417 municípios dispersos, em sua maioria, não pode ficar na dependência exclusiva do transporte regular para o fluxo de passageiros. As linhas regulares, até por suas características de horários fixos e veículos, para o transporte em média de 45 passageiros, deixa muitas vezes lacunas de horários sem o atendimento ao publico que, às vezes, é obrigado a aguardar por horas o “próximo carro” para se deslocar. Com o transporte alternativo isso não acontece. Por ter veículos menores, em média para 15 passageiros, e consequente custos mais reduzidos, maior flexibilidade e autonomia, podendo assim, suprir com qualidade estas demandas não atendidas pelo transporte regular.
A regulamentação do transporte clandestino vem tirar deste serviço publico o rótulo da clandestinidade (segundo Aurélio "feito ou realizado às ocultas; ilegal, ilegítimo”) que passa a atuar com regras claras, com o reconhecimento do papel social da atividade, recolhimento de taxas e impostos, garantia dos direitos aos trabalhadores da atividade e, principalmente, os direitos dos usuários. É o fim do “ajeitado”, do subterfúgio, da corrupção.
Ganha a população que terá um serviço regular e de qualidade. Ganham os “pirueiros” que saem da clandestinidade para o legitimo exercício da cidadania, e ganha o estado com o reconhecimento do serviço e o recolhimento dos encargos, taxas e tributos.
Feliz Reencontro:

Ontem tive a oportunidade de rever um grande amigo. Falo de Dr. Antonio Lomanto Netto que foi Superintendente do Sebrae/Ba enquanto eu era Gerente Regional daquela organização em Paulo Afonso e região. Foi sob sua administração que o Sebrae de Paulo Afonso passou para o status de Escritório Regional, inauguramos as unidades de Euclides da Cunha e de Ribeira do Pombal e, implantamos programas de promoção do desenvolvimento nos 28 municípios da nossa jurisdição. Quando da minha ida para o Projeto Sebrae Xingó, Dr. Lomanto foi para Brasília coordenar a Unidade de Desenvolvimento Local do Sebrae Nacional. Orgulho-me de ter sido seu liderado por mais de quatro anos. Muito aprendi. Tanto na postura como administrador público como no exemplo de líder. Naqueles anos o Sebrae atingiu os maiores índices de crescimento em negócios, prestação de serviços à micro e pequena empresa, no apoio aos agronegócios e no reconhecimento, pelos empresários, do nosso papel como indutores do desenvolvimento. Fizemos a nossa parte. Hoje Lomanto Netto é Diretor Executivo da AGERBA. Uma nova missão. A forma como conduziu a Audiência Pública confirma que ele continua o mesmo: centrado, disciplinado, decidido, cortês, companheiro, e acima de tudo um grande líder e administrador.
Assinar:
Postagens (Atom)