domingo, 28 de março de 2010

O HNAS que queremos


O Hospital Nair Alves de Souza foi construído há 61 anos pela CHESF, com o objetivo de assistir aos trabalhadores da construção das usinas hidrelétricas do complexo de Paulo Afonso. Durante este tempo a unidade hospitalar foi e tem sido a referência em saúde pública para os cidadãos e cidadãs dos municípios que integram esta região, tanto do lado baiano como dos lados pernambucano, sergipano e alagoano.
Recentemente a CHESF, mantenedora do HNAS, e o Governo do estado da Bahia aprofundaram conversações no sentido de estadualizar aquela unidade hospitalar, onde por meio de um convênio, o hospital passará a ser gerido pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
A estadualização prevê a mudança do modelo de gestão e tem como objetivo adequar a estrutura física atual da unidade ao perfil dos serviços de assistência à saúde mais procurados pela população da microrregião de Paulo Afonso.
Com a gestão do Estado, o hospital passará a ofertar ações de média e alta complexidade. As unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e adulto receberão, cada uma, 10 novos leitos. Serão também oferecidos ao público os atendimentos de urgência e emergência, clínica médica e cirúrgica, traumato-ortopedia, obstetrícia e psiquiatria. A unidade irá receber ainda sete novos leitos para o projeto Mãe Canguru, novos refeitório e lavanderia.
Com estes novos serviços espera-se evitar o vai e vem de ambulâncias com pacientes usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para os grandes centros, principalmente Aracaju, Recife e Salvador.
A estadualização prevê um investimento inicial de R$ 7,2 milhões, sendo que a CHESF assumirá a realização das obras, orçadas em R$2,5 milhões, enquanto a Sesab ficará responsável pelo projeto arquitetônico e aquisição de equipamentos, com um investimento de pouco mais de R$ 4,7 milhões.
Em todas as rodas de conversas sobre o HNAS fica explicita a preocupação da sociedade pauloafonsina sobre os destinos da saúde publica da nossa região e, principalmente, com a “saída” da CHESF da gestão do HNAS. O que sou terminantemente contra.
A CHESF que foi a responsável por tudo que hoje temos de bom e de ruim neste trecho do rio São Francisco, não pode se omitir de ser corresponsável pelos destinos do nosso povo e da nossa gente. Assumir parte do custeio e dos investimentos do HNAS é o mínimo que a CHESF pode fazer para diminuir a sua dívida social com esta região.
Não sou contra a estadualização do HNAS. Até porque, com os investimentos previstos e que serão concretizados com a estadualização, grande será a melhoria na saúde pública da nossa cidade e da nossa região. Entretanto, entendo que o modelo de gestão a ser adotado no HNAS seja o da gestão compartilhada entre o estado e a CHESF, cada um com suas responsabilidades. Este modelo já é o adotado por outras empresas do sistema Eletrobrás, a exemplo de Furnas, onde as empresas de geração de energia elétrica assumem parte significativa dos investimentos e do custeio das unidades de saúde.
Caberá a sociedade civil o importante papel de fiscalização da aplicação dos recursos, bem como o acompanhamento da qualidade dos serviços prestados.
Desenvolvimento com Justiça Social.

terça-feira, 23 de março de 2010

Governador Wagner visita Paulo Afonso e é recepcionado por lideranças do Partido Progressista


O presidente estadual do Partido Progressista na Bahia, Deputado Federal Mário Negromonte, acompanhado de lideranças da 10ª Região Administrativa, recepcionaram o Governador Jaques Wagner(PT) durante a visita institucional ao município de Paulo Afonso.
O Governador Wagner inaugurou nesta terça, 23/03, o anexo do Presídio de Paulo Afonso, entregou 16 novas viaturas sendo 5 para a Polícia Civil e 11 para a Polícia Militar e participou da solenidade de entrega de 144 títulos de terra a agricultores familiares da região.
Durante seu pronunciamento, no Centro de Cultura Lindinalva Cabral, o Governador Wagner autorizou a licitação da reforma e ampliação do Terminal Rodoviário de Paulo Afonso, antiga reivindicação da comunidade, e autorizou a instalação de uma unidade do SAC em Paulo Afonso.
Dentre outras obras em andamento na região, o Governador destacou a recuperação da BA 210, já com processo de licitação em fase de conclusão e do inicio das obras da reconstrução pelo DERBA dos pontilhões nas proximidades do povoado Rio do Sal, que há anos foram destruídos pelas fortes chuvas.
Em seu pronunciamento, o Deputado Mário Negromonte solicitou do Governador que nas negociações para o processo de estadualização do Hospital Nair Alves de Souza a CHESF não seja excluida do processo e, a exemplo do que acontece com outras empresas do grupo Eletrobras, participe financeiramente do custeio do HNAS. O Deputado Negromonte propôs que na divisão dos custos de manutenção do HNAS, a CHESF participe com 60%, o estado da Bahia com 30%, e os municípos com 10%.
A comitiva do Partido Progressista contou com as presenças da Prefeita de Glória, Dra Ena Vilma Negromonte, do Prefeito de Chorrochó, Humberto Gomes, do Prefeito de Cícero Dantas, José Weldon de Carvalho, do pré-candidato a Deputado Estadual Mário Negromonte Júnior, do Presidente do PP Dernival Oliveira, do Vereador licenciado Edson Maciel, do Médico Veterinário, Anttonio Almeida Júnior e de Secretários Municipais, Vereadores e Lideranças políticas dos muncípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Santa Brígida, Glória, Abaré e Chorrochó.
Foto: Ricardo Pereira

domingo, 21 de março de 2010

A Usina Nuclear no rio São Francisco e o Desenvolvimento Regional


Nos últimos dias muito se tem falado sobre a possibilidade de se trazer uma usina nuclear para a nossa região, especificamente para o município de Paulo Afonso. Até o governador Jaques Wagner (PT) já admitiu publicamente que está lutando para trazer uma usina nuclear para a Bahia. Em Sergipe, o governador Marcelo Deda (PT) também quer, para o seu estado, a usina nuclear.
Não é a toa que os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco compraram a briga pelas usinas nucleares. O detalhe é que, quem for contemplado com uma das duas usinas nucleares que deverão ser instaladas na região Nordeste, estará recebendo um investimento estimado em R$ 13 bilhões. É quase três vezes o que se investiu na construção da Usina Hidroelétrica de Xingó.
As tão polemicas Usinas Nucleares já foram motivo de grande preocupação, principalmente após o acidente nuclear de Chernobil, ocorrido no ano 1986, na Ucrânia, antiga União Soviética. Nos dias atuais, com o avanço da tecnologia este tipo de energia é uma das mais limpas e seguras.
É preciso entender que quanto às questões ambientais e riscos de contaminação, todas as formas de produção de energia trazem algum prejuízo: a energia térmica emite poluentes para o ar pela queima de combustível fóssil; a energia hidráulica inunda áreas e desabriga famílias; a energia nuclear traz consigo o problema do lixo atômico: onde descartá-lo?
Na busca do desenvolvimento, tem que se pagar um preço. O que não concordo é provocarmos um impacto ambiental e social maior que os danos já causados sobre o ecossistema do rio são Francisco.
Também é preciso que fique claro que apesar da CHESF ter investido mais de R$ 50 bilhões nos últimos sessenta anos de exploração do potencial hidrelétrico do rio são Francisco, ainda existem alternativas de geração de energia hidráulica factíveis com menor investimento e impacto ambiental, a exemplo da usina de Paulo Afonso 5 e da Usina de Pão de Açúcar.

Vale ressaltar ainda que investir em um parque de geração de energia nuclear não vai significar desenvolvimento sustentável. Se assim o fosse, esta nossa região não teria ainda hoje, em pleno século XXI, índices vergonhosos de desenvolvimento humano, carências nas áreas da saúde, educação, segurança, transporte e onde, absurdamente, ainda falta de água para beber e para a produção, em muitas comunidades vizinhas das hidroelétricas ou da suas linhas de transmissão.
Desenvolvimento com Justiça Social.

Panorama Agrícola: Coco verde é vendido a R$ 0,75


Com o calor e os efeitos do verão de 2010, que tem atingido temperaturas próximas a 40 graus nos últimos meses, a procura por coco verde aumentou e muito nos grandes centros e praias de todo o litoral brasileiro. Com isso, o preço pago ao produtor, na roça, chegou, na semana passada, a R$ 0,75 a unidade. É a melhor remuneração já paga em todos os tempos.
Com o aumento da procura, diariamente saem da cidade de Rodelas, em média, 20 caminhões carregados do produto com destino às principais praias do nordeste, sudeste e também para cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e para Brasília, nossa capital federal.

Esperança: Chuvas, ainda que fracas, animam agricultores do semi-árido baiano


A ocorrência de chuva no dia de São José, 19 de março, traz para os agricultores do semi-árido a esperança de um ano de fartura e boa safra de inverno.
Apesar da meteorologia prevê um período de menor intensidade de chuvas para os próximos 90 dias, este ano choveu no dia de São José em muitos municípios da região. Chuva fraca, mas choveu. E os agricultores não perdem tempo: em muitos locais já se vê tratores arando terras e as matracas trabalhando no plantio do milho para ser colhido na época das festas juninas de Santo Antonio, São João e São Pedro.