sábado, 2 de maio de 2009

Artigo da Semana: O turismo como alternativa de desenvolvimento



"A cachoeira! Paulo Afonso! O abismo!
A briga colossal dos elementos!
As garras do Centauro em paroxismo
Raspando os flancos dos parcéis sangrentos.
Relutantes na dor do cataclismo
Os braços do gigante suarentos
Agüentando a ranger (espanto! assombro!)
O rio inteiro, que lhe cai do ombros"
Castro Alves

É fato inquestionável que o turismo vem atraindo cada vez mais a atenção de empresários, do poder público e da comunidade que gradativamente buscam os meios para fortalecimento da atividade não somente em Paulo Afonso, mas em todo o mundo e desponta no contexto econômico como uma das mais fortes atividades econômicas para esta região do semiárido.
Nos últimos tempos, a atividade turística vem se adequado ao mercado e às questões de sustentabilidade, motivo pelo qual, se nota a busca pela diversificação e segmentação das modalidades, bem como uma crescente preocupação com a responsabilidade ambiental e social nos destinos turísticos. As regiões turísticas que não levam em conta aspectos ligados a sustentabilidade e envolvimento comunitário sofrem inúmeros efeitos negativos como a consolidação do modelo do turismo de massa, muitas vezes predatório e monopolizador dos recursos econômicos. De outro lado, os turistas modificaram seus perfis de consumo, comportamentos e valores, não se esquecendo das mudanças demográficas como envelhecimento da população e evolução do estilo de vida. O turismo de praia e de centros históricos ainda são os que mais demandam visitantes, mas a cada momento surgem novos tipos de turistas que procuram ofertas personalizadas, gerando as várias modalidades de turismo: negócios, cultural, cientifico, esportivo, de aventura, ecológico, rural, da melhor idade, dentre outros.

Nesse contexto, o município de Paulo Afonso que é o epicentro do destino turístico denominado de Região dos Lagos e Cânions do Rio São Francisco, se destaca graças a sua vocação natural e boa infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do turismo, possuindo em seu território, opções bem distintas que permitem oferecer destinos variados ao mercado consumidor, reunindo aspectos como: a história e a tecnologia de geração de energia hidroelétrica de Angiquinho à Xingo, a literatura, o cangaço, o artesanato, a dança, o empreendedorismo de Delmiro Gouveia, a culinária, a velha estrada de ferro, o casario colonial de Piranhas e Água Branca, sem falar da natureza singular do Raso da Catarina e do Rio São Francisco, com suas opções de lazer náutico e de esportes radicais.
Constata-se, entretanto, que a falta de ações integradas de apoio e incentivo ao segmento por parte dos governos municipais, estaduais e federal envolvidos e por parte dos órgãos de apoio e promoção do turismo, em nada tem contribuído para a consolidação desta importante vocação como geradora de desenvolvimento e de novos postos de trabalho.

Há, contudo, muitas ações por desenvolver no sentido de mobilizar parceiros e comunidades para a busca dos modelos sustentáveis, integrando toda a cadeia turística da região. Parte-se da premissa do envolvimento de todos os atores que compõem as comunidades, através de uma ação intensa e focada no que se denominou Região dos Lagos, abordando a construção dos modelos de desenvolvimento a serem adotados e mantidos, fazendo intervenções específicas em cada segmento - transporte, segurança, hospedagem, alimentação, outros serviços – bem como no sentido de organizar melhor os empresários, elevar o padrão gerencial e de serviços e apoiar ações promocionais e mercadológicas que proporcionem como resultado final o aumento do fluxo de turistas e de renda das regiões.
Atuando de forma sistêmica se possibilitará a consolidação do turismo como alavanca do desenvolvimento, gerando e mantendo postos de trabalho e melhorando a qualidade de vida da população com o que ela possui de melhor e mais importante: sua terra, cultura e hospitalidade.

Um comentário:

  1. ACHEI INTERESSANTE O ARTIGO PENA QUE AQUI EM PAULO AFONSO OS NOSSOS POLÍTICOS NÃO DÃO A DEVIDA ATENÇÃO AO TURISMO LOCAL. ESTRADAS NÃO TEMOS,TREINAMENTO DO TRADE TURÍSTICO E´FEITO DE FORMA ESPORÁDICA, LAGOS DA CHESF ABANDONADOS ENFIM UMA SÉRIE DE QUESTÕES QUE NOS DEIXAM ANOS LUZES EM RELAÇÃO A OUTRAS CIDADES QUE ADOTARAM MODELOS DE GESTÃO DO TURISMO E ESTÃO SEMPRE NA MÍDIA NACIONAL SEM PRECISAR TER DE PAGAR A UM TAL DE SABIÁ PRA FAZER SUAS ESTRIPULIAS POR AQUI. ESTOU ME REFERINDO A CIDADE DE BONITO NO MATO GROSSO QUE DEVERIA SE TOMADA COMO UM EXEMPLO PARA PAULO AFONSO OS GESTORES DE NOSSA CIDADE TEM QUE TRAZER O TURISTA E FAZER O MESMO FICAR POR AQUI POR UM PERÍODO MAIOR DE TEMPO É ISSO QUE OCORRE EM BONITO O TURISTA NÃO APENAS CONTEMPLA AS BELEZAS DA CIDADE MAS TAMBÉM PARTICIPA PRATICANDO ESPORTES MERGUNLHANDO ENFIM NOSSA CIDADE TEM QUE SE PREPARAR DESSA FORMA CRIAR SUBSÍDIOS E INFRA ESTRUTURA PARA QUE OS VISITANTES PARTICIPEM COM A PRÁTICA DESTES ESPORTES.

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