terça-feira, 10 de novembro de 2009

Apicultores de Glória participam de Capacitação



Capacitar o produtor desde a criação de abelhas, manejo das colméias, produção de mel e cera é o objetivo do Curso de Capacitação para Apicultores que acontece nesta terça e quarta feira (10 e 11/11) no Centro Administrativo do Projeto Glória, próximo a Agrovila 03 Borda do Lago, Glória/Ba. O treinamento é uma promoção da EBDA Regional de Paulo Afonso em parceria com a Prefeitura Municipal de Glória. Participam do curso apicultores atendidos pelo Programa Sertão Produtivo da SEAGRI.
Para Gilvan Lisboa, Secretário da Agricultura do município de Glória “o curso de manejo das caixas e produção de cera veio na hora certa, pois os apicultores estavam precisando fazer o manejo das caixas, extração do mel e da cera”.
O Tecnico Ademar Bispo, instrutor da EBDA, entende que a apicultura vem ganhando espaço no meio rural. “Antes muitos produtores tinham medo de abelha e hoje com o trabalho da equipe técnica da EBDA esse quadro se reverteu e os mesmos estão dominando a atividade”.
Segundo Anttonio Almeida Júnior, Gerente Regional da EBDA, o Programa Sertão Produtivo visa atender 50 famílias de agricultores no município de Glória. Ainda este mês de novembro, no período de 17 a 19 de novembro, a EBDA irá realizar o 2º Curso de Iniciação a Apicultura “ao final da capacitação, cada família beneficiada receberá um kit composto de 10 colméias, 20 melgueiras, 10 alimentadores, 10 kg de cera, 01 macacão, 01 formão, 01 fumegador e demais equipamentos necessários para a atividade gerando renda e ocupação no campo” completou Almeida Júnior.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Programa Sertão Produtivo entrega caprinos e ovinos em Pedro Alexandre


Sessenta famílias de agricultores do município de Pedro Alexandre receberam 300 fêmeas mestiças e 10 reprodutores Puros de Origem (P.O) da raça Anglo Nubiano (caprinos) e Santa Inês (ovinos). São cinco fêmeas para cada família e um reprodutor por comunidade e para cada 30 matrizes. A entrega foi feita nesta quarta (04/11) pela Engenheira Agrônoma Gabriela Botelho da Superintendência da Agricultura Familiar da Seagri, Eduardo Farias Sub Gerente Regional da EBDA de Paulo Afonso, Rodrigo Gonçalves da EBDA de Jeremoabo e pelo prefeito municipal Pedro Gomes.
A distribuição dos animais faz parte do projeto de melhoramento genético de caprinos e ovinos do Programa Sertão Produtivo do Governo do Estado da Bahia na região do semi-árido baiano.
Aliado do pequeno produtor, o Governo do Estado está empenhando em fornecer estrutura hídrica, manejo sanitário, manejo alimentar, assistência técnica e capacitação para garantir maior qualidade e produtividade do rebanho. “O Programa Sertão Produtivo estimula e valoriza a ovinocaprinocultura no semiárido baiano. Milhares de famílias encontram uma importante fonte de renda nesta atividade. O programa é um aporte fundamental para o fortalecimento da agricultura familiar nos territórios”, analisa o Secretário da Agricultura do Estado da Bahia Roberto Muniz.

Os animais foram submetidos às ações sanitárias da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, ADAB, de forma a assegurar a sanidade dos animais através de inspeção clínica e exigência da Guia de Transporte de Animais (GTA) e do atestado Negativo para Artrite Encefalite Caprina - CAE para caprinos a partir dos seis meses de idade.

Comissão Municipal de Santa Brigida recusa lote de animais
Para garantir que os agricultores familiares incluídos no Programa Sertão Produtivo só recebam animais de qualidade e sanidade comprovadas, a SEAGRI criou comissões locais em todos os municípios, formadas pelo secretário municipal da Agricultura ou técnico indicado por ele; sindicato dos trabalhadores rurais, representante da associação ou cooperativa dos beneficiados pelo programa; representante da ADAB e representante da EBDA. Segundo o Gerente Regional da EBDA de Paulo Afonso, Anttonio Almeida Júnior “estas comissões fazem o controle social do programa atuando desde a identificação e seleção dos beneficiários até a escolha dos animais com o poder de rejeitar até todos os animais, como aconteceu nesta última quinta feira (05.11) em Santa Brígida, obrigando o fornecedor a entregar novo lote, de acordo com as especificações”.
A comissão municipal de Santa Brígida estará agendando com o fornecedor de animais uma nova visita de inspeção e seleção de animais para a próxima semana. “Se os animais atenderem as especificações do Programa a entrega aos agricultores familiares deverá acontecer em Santa Brígida até o próximo dia 20 de novembro” concluiu Almeida Júnior.

Combate à Desertificação: Equipes do INGÁ iniciam visitas à região de Paulo Afonso


Acontece no período de 09 a 20 de novembro a visita técnica e de mobilização social do INGÁ - Instituto de Gestão das Águas e Clima da Secretaria de Meio Ambiente do estado da Bahia - SEMA em 14 municípios da região nordeste do estado da Bahia, incluindo zona rural conforme três roteiros de visita:
Rota 1 : Jeremoabo, Novo Triunfo, Antas, Cícero Dantas e Euclides da Cunha;
Rota 2: Paulo Afonso, Santa Brígida, Pedro Alexandre e Coronel João Sá;
Rota 3: Glória, Rodelas, Chorrochó, Macururé e Abaré.
A gerencia Regional da EBDA em Paulo Afonso foi escolhida como base de apoio para as equipes de técnicos envolvidos nesta visita que visa a construção participativa do Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-BA).
Dentre os objetivos do programa está a preservação e conservação do solo, da água e da vegetação nativa, possibilitando o bem-estar das comunidades envolvidas, promovendo a cidadania e favorecendo a melhoria da qualidade de vida. A mobilização social envolve discussões sobre desertificação, recuperação de ecossistemas degradados e convivência harmoniosa com o semiárido; a ampliação do Grupo de Trabalho (GT) para discutir o tema, acompanhar e elaborar o PAE-BA.
“Só podemos mitigar, ou seja, diminuir os efeitos da desertificação com ações integradas e essas ações terão de ser definidas ouvindo a sociedade. Quem mais conhece o semi árido é quem vive no semi árido, e isso passa por considerar soluções como uso de aguadas, cacimbas, de saber como lidar com a chuva e de criar cadeias produtivas que fixem as pessoas no semi árido”, afirmou o diretor geral do INGÁ, Julio Rocha.
O programa pretende traçar um diagnóstico socioambiental e territorial das áreas atingidas para subsidiar políticas públicas de convivência com o semi-árido e mitigação dos efeitos da seca. O objetivo é desenvolver ações de preservação e conservação do solo, da água e da vegetação nativa.
Na Bahia, são 289 municípios classificados como Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD), o que equivale a 86,8% do território baiano (490 mil km2). Com base na Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), essas áreas se caracterizam por longos períodos de seca, seguidos por outros de intensas chuvas. Segundo Anttonio Almeida Júnior, Gerente Regional da EBDA, “ambos os processos, secas ou chuvas intensas, costumam provocar significativos prejuízos econômicos, sociais e ambientais”.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Compra de feijão pela CONAB fortalece a agricultura familiar


Em função da grande oferta e queda no preço do feijão a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, está comprando feijão nos municípios da região nordeste da Bahia para garantir renda ao pequeno produtor por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), pela modalidade Compra Direta da Agricultura Familiar, onde cada agricultor pode vender até R$ 3.500,00 da sua produção. A compra está acontecendo nos municípios de Adustina, Coronel João Sá, Pedro Alexandre e Fátima.
A ação é feita em parceria com a Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), a Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf) e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Para fazer a seleção e classificação do feijão, 03 técnicos da EBDA se deslocaram para os municípios atendidos. Cada um deles tem a missão de alertar o produtor de que, para ser adquirido, o feijão deve está seco, com umidade de até 13%. A compra deve continuar até o dia 20 de novembro. A partir desta data se dará inicio a compra da safra do milho.
Segundo o Gerente Regional da EBDA de Paulo Afonso, Anttonio Almeida Júnior, “o objetivo desta ação é, além de garantir a comercialização do produto, regular o preço no mercado, já que a saca de 60 quilos do feijão chegou a ser vendida por apenas R$ 45,00 aos atravessadores que aproveitam o bom momento da produção para comprar o feijão a preços mais baixos”. O preço de referência do feijão praticado pela Conab varia de acordo com a qualidade do produto. O Anão em Cores Tipos 1 e 2 está sendo comercializado a R$ 87,60 e o Tipo 3 (mais inferior) a R$ 82,20 a saca com 60 kg. “Uma diferença de quase o dobro em relação ao valor pago pelos atravessadores. É a oportunidade para que o agricultor familiar venda seu produto a preço justo”, completa Almeida Júnior.
Para o Prefeito do município de Coronel João Sá, Carlos Sobral “além de circular mais dinheiro na região, a compra da safra pela Conab valoriza o trabalho do agricultor familiar”.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Apiários da região de Paulo Afonso são georreferenciados


Os 133 apiários em produção nos municípios de Paulo Afonso, Santa Brigida e Jeremoabo foram georreferenciados pela EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola totalizando 4490 colméias. O georreferenciamento é uma tecnologia que identifica, com precisão, a propriedade, apiário, estrada, casa do mel, aguada, ou qualquer outro ponto desejado no globo terrestre através do GPS a partir de bases cartográficas e da identificação de latitude e longitude.
Segundo o técnico Jesus Santiago o objetivo deste programa é “identificar e cadastrar os apiários, as residências dos apicultores, as unidades de beneficiamento do mel, as associações e cooperativas”.

Durante o I Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura e Feira da Cadeia Apícola, que acontece em Salvador no período de 04 a 06 de novembro, a EBDA – Gerencia Regional de Paulo Afonso, estará apresentando a experiência local que tem sido considerada como referência para o estado da Bahia.
Para o Gerente Regional da EBDA Anttonio Almeida Júnior, o programa de georreferenciamento trará como resultado a rastreabilidade do mel da região agregando mais valor a agricultura familiar ou seja “o consumidor vai conhecer a origem do produto, quem produziu e onde foi produzido o mel que chega até a sua mesa”.
O programa terá continuidade ainda neste mês de novembro com o georreferenciamento dos apiários localizados no município de Glória. “Até junho de 2010 todos os apiários dos municípios da regional Paulo Afonso estarão georreferenciados e cadastrados no Programa Nacional de Georreferenciamento e Cadastro de Apicultores (PNGEO/CBA)” concluiu Almeida Júnior.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É possível produzir no sertão?

O verão de 2009 que se avizinha trará mais uma vez os impactos do fenômeno climático El Niño tornando ainda mais difícil a vida para os agricultores familiares da região semi-árida nordestina, principalmente para aqueles que ainda não estão organizados e que lhes foi negado a oportunidade de ter políticas públicas de apoio e incentivo para terem uma convivência produtiva com o sertão, sem a dependência da cesta básica e do carro pipa.

Apesar das adversidades, os apicultores da região de Remanso e Campo Alegre de Lurdes, divisa da Bahia com o Piauí, produzirão mais de 120 toneladas de mel de abelha, que serão vendidas por cerca de R$,3,80 o quilo. Na região de Canudos, Uauá e Curaçá, sertão da Bahia, toneladas de umbu serão transformadas em doces, sucos e geléias e serão incluídos no PAA (o Programa de Aquisição de Alimentos que é uma das ações do Fome Zero) ou vendidos para Juazeiro, Feira de Santana e Salvador. Em Valente, plena caatinga baiana pulsa uma indústria de transformação da fibra do sisal, com mais de 3.500 empregos diretos e indiretos que é responsável pela exportação anual de dezenas de toneladas em tapetes e outros produtos artesanais para a Europa e Estados Unidos. Na vizinha cidade de Glória, 20.000 toneladas de frutas serão comercializadas para as principais capitais nordestinas e até para o sul maravilha.
Parafraseando Euclides da Cunha “o sertanejo é antes de tudo um forte”, e estes exemplos são fruto mais da iniciativa e do esforço local do que resultado de políticas públicas de apoio e fomento.

Segundo dados da EMBRAPA, o potencial que a região semi-árida oferece, com a exploração racional, pura ou associada, dos recursos do bioma caatinga é mais que suficiente para assegurar o resgate social e econômico de suas populações. Nos 38 milhões de hectares (40% do semi-árido) mais indicados para a atividade da caprinovinocultura, a região teria condições de produzir anualmente mais de 200 mil toneladas de carne e quase 20 milhões de peles, sem agredir o ambiente, gerando uma renda estimada em 65 milhões de dólares anuais em matérias-primas, sem qualquer valor agregado. É mais renda do que as exportações nacionais de manga e praticamente o dobro da de uva-de-mesa registradas em 2002. A apicultura como atividade geradora de renda, ocupadora de mão-de-obra e não degradante, já que não desmata a caatinga, constitui uma outra grande alternativa. A Bahia é o segundo maior produtor do Nordeste, com mais de 200 mil colméias instaladas e produção anual superior a 4 mil toneladas de mel.
A exemplo das carnes e as peles do caprino e do ovino, o leite e os queijos da cabra, as frutas de mesa, os produtos apícolas, existe uma infinidade de outros produtos com potencial de ocupar um espaço no mercado e de proporcionar aos seus produtores uma vida digna e sustentável. Entre eles, podem ser citadas as frutas nativas (umbu, caju, maracujá do mato), as meliponídeas (abelhas sem ferrão: uruçu, mandaçaia), as aves caipiras (galinha, guiné), a criação, com autorização do IBAMA, de animais silvestres (ema, cotia, caititu, preá, tatu), o extrativismo racional de espécies nativas para madeira, energia e artesanato (angico, aroeira, baraúna, sabiá, imburana), sem esquecer o enorme potencial em ecoturismo que oferece o bioma para exploração do lazer e recreação.
As diretrizes para o sucesso de um programa de desenvolvimento com esse enfoque abrangeriam, além da preservação e exploração racional do ecossistema, a equidade social na distribuição dos benefícios gerados, o fortalecimento das associações de produtores, a estruturação de redes locais de apoio técnico e tecnológico, linhas de crédito específicas e adequadas à capacidade remuneratória de capital dessas atividades, transparência e simetria nas relações entre produtores e demais segmentos dos arranjos produtivos existentes ou dos que venham a se formar.
As verdadeiras soluções estão aí, bem a nossa frente. Só precisamos aprender a enxergá-las.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

9 de Setembro - Dia do Médico Veterinário





Parabéns a todos os colegas!!!