segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Novo Cenário Político Regional


O cenário político da Região não será mais o mesmo após as ultimas eleições de outubro. Mudanças significativas pós pleito eleitoral, influenciarão, sem sombra de duvidas, os nossos destinos nos próximos anos. Senão vejamos:
Com a vitória de Dilma Rousseff, primeira mulher eleita Presidente do Brasil, que tem a dura missão de ser a sucessora do presidente Lula, o maior fenômeno de popularidade que o Brasil já conheceu, espera-se a consolidação das políticas públicas de inclusão social e a continuidade dos avanços sociais e econômicos do Governo Lula. Erradicar a pobreza é, sem sombra de dúvidas, seu maior desafio.
Na Bahia, o governador Jaques Wagner se consolida como grande liderança política. Além de ter sido reeleito em primeiro turno com larga diferença de votos sobre o 2º colocado, ainda elegeu seus dois senadores Walter Pinheiro e Lídice da Mata com bastante folga, e agora tem 3 senadores na sua base, já que em 2006 havia elegido o senador João Durval.
O DEM teve a sua mais fragorosa derrota eleitoral: além de não eleger José Serra, Paulo Souto perdeu a eleição para governador (teve míseros 16 % dos votos válidos), e deu a Fábio Souto, seu filho e herdeiro político, uma votação, no mínimo, inexpressiva. ACM Neto que em 2006 teve mais de 430 mil votos sentiu o peso da ausência de seu avô e da máquina estadual e não repetiu a votação. Os dois senadores do DEM José Ronaldo e Aleluia, passageiros de uma campanha improvisada, tiveram fraco desempenho eleitoral.
Regionalmente, Luiz de Deus perde a eleição de Deputado Federal com menos votos do que os da eleição de 2006 quando foi candidato a Deputado Estadual. Sem o apoio das prefeituras da 10ª região (onde um dia já foi detentor da hegemonia das prefeituras e câmaras municipais), Luiz de Deus viu-se derrotado em 10 dos 11 municípios da região. A exceção foi Paulo Afonso onde os votos cativos e reféns da máquina pública da Câmara de Vereadores e da Prefeitura, lhe asseguraram pouco mais de 17 mil votos. O destaque da eleição de Paulo Afonso é que mesmo com Câmara e Prefeitura trabalhando pela candidatura de Luiz de Deus, este teve menos votos que na eleição em que era oposição e não tinha o poder do Paço Municipal. As urnas refletiram, com certeza, a resposta e a desilusão do povo pauloafonsino com o governo da “onda azul” que manteve, contrariando as promessas de campanha, o velho estilo arcaico de administrar, com mágoa, perseguição, rancor e vingança. A derrota foi tão grande que em entrevista à imprensa local, o deputado Luiz de Deus anunciou a sua aposentadoria como político. Para futuro, se é que há futuro para o DEM, resta estimular o surgimento de novas lideranças. Sem renovação, com lideranças envelhecidas, ações de um ciclo de rotinas, mesmices e letargia, sem novas propostas e sem novos projetos, o DEM dá sinais, como dizia o poeta: “que é o começo do fim ou é o fim”.
O Partido dos Trabalhadores sai do pleito com menos de 15 % dos votos válidos em Paulo Afonso - cerca de 6500 votos para seus Deputados Federais e para o seu principal Deputado Estadual Paulo Rangel.
Raimundo Caíres com candidatura sob judice pela Lei da Ficha Limpa e após ter feito uma administração equivocada e que teve inclusive contas rejeitadas pelo TCM, alcançou a sua segunda derrota eleitoral consecutiva.
Fortalecido das urnas quem sai é o Deputado Mário Negromonte. Com uma eleição de quase 170 mil votos, a 5ª maior da Bahia, Negromonte mostrou força com votos em 413 dos 417 municípios baianos. Na 10ª região, Mário Negromonte passa a ser a maior liderança política. Venceu as eleições com mais de 50 mil votos desde Ribeira do Pombal até Abaré. É o reconhecimento da população pelos mais de 60 milhões em investimentos de infraestrutura nos municípios. Obras que vão desde a perfuração de poços artesianos, passando por calçamentos, saneamento básico até a construção de casas populares. Com prestígio político junto ao Presidente Lula, ao Governador Jaques Wagner e a Presidente eleita Dilma Rousseff, Mário Negromonte tem tido o seu nome lembrado para ocupar um dos ministérios do próximo governo.
Mário Negromonte mostrou força também com a eleição de Mário Junior com uma votação bastante expressiva, sempre na preferência do eleitorado. Foi o candidato a deputado estadual mais votado da região. Para completar, surpreendeu com mais de 113 mil votos, ficando em 2º lugar como deputado estadual em toda a Bahia e, nacionalmente, foi a maior performance eleitoral dos 50 deputados estaduais eleitos pelo Partido Progressista. Para quem sai candidato pela primeira vez, este desempenho é um feito e tanto. Demonstrou que tem luz própria, força política, liderança, determinação e penetração em diversos municípios e regiões.
Em Glória, a prefeita Ena Vilma conseguiu dar mais de 50% dos votos válidos a Mário Negromonte e a Mário Júnior. A revolução das obras e da gestão lhe credencia para a reeleição com folga em 2012.
Neste novo cenário político, o Partido Progressista liderado pelo Deputado Mário Negromonte, maior vencedor localmente e regionalmente, se habilita para ser a locomotiva dos destinos políticos desta região pelos próximos anos. Para as eleições municipais de 2012, o Partido Progressista deverá ter candidato a Prefeito e se prepara para fazer a maioria dos vereadores eleitos. É esperar para ver!

2 comentários:

  1. Li seu texto no site ozildo alves e vim dar uma conferida no blog pra ler todos os posts. Gostei muito. Parabéns! Também mantenho um blog mas não escrevo sobre nada que valha a pena ler.
    Suzana (ATES/Jeremoabo)

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  2. MESMO com certo atraso quero deixar meu comentário a respeito de algo que vem sempre acontecendo, Mas só agora veio a tona com toda força: o espaço cada vez maior do deputado e agora ministro Mario Negromonte, que também elegeu seu filho para deputado estadual com uma performance poucas vezes alcançada no cenário baiano. Aproveito a oportunidade para deixar minha registrada a minha alegria pela matéria nos jornais sobre o asfaltamento da Br235, trecho Canché-Jeremoabo, o que em muito vai facilitar o progresso ainda travado deste pedaço da 10ª região do estado da Bahia e por extensão as viagens de muitos canudenses, que trabalham em Paulo Afonso e hoje precisam viajar a mais 170 km para chegar em casa por estrada asfaltada.

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