domingo, 23 de maio de 2010

Caos no trânsito


No caótico trânsito de Paulo Afonso, muitos buscam no velho jeitinho brasileiro de levar vantagem em tudo que sempre vem acompanhado de imprudência e imperícia, meios para fugir das leis e regras de trânsito.
O número de carros e motos nas ruas cresce a cada dia e também, junto com eles, crescem o desrespeito e a falta de paciência.
Ao percorrer o trajeto da minha casa, bairro Panorama, passando pela rotatória do monumento do Lions Clube, Avenida Contorno - via pátio da feira, Avenida Otaviano Leandro de Moraes até a Avenida Getúlio Vargas, centro da cidade, perdi as contas de quantas atrocidades acontecem diariamente no transito seguidas da falta de educação da população e da desorganização do poder publico para resolver uma questão que se arrasta há anos e só piora.
O trânsito é lento, principalmente nos horários de pico, onde todos, seja de carro ou de moto, tem pressa de chegar. Os cruzamentos ficam travados com o excesso de veículos. Os mais apressados desrespeitam o fluxo normal e não raro, vê-se mototaxistas trafegando pelo passeio público e fazendo ultrapassagens pela direita, veículos na contra mão, motoristas sem o cinto de segurança, carros estacionados nas calçadas...
Sem falar no caos da ponte de acesso, principalmente logo cedo da manhã, das 6h30 às 7h30, horário que pais e mães estão levando seus filhos para a escola, e que coincide com a chegada dos ônibus da zona rural, dos bairros periféricos e de cidades circunvizinhas para mais um dia de trabalho. São centenas de pedestres, bicicletas e carroças de burro travando uma verdadeira luta por espaço com motos, veículos, ônibus e caminhões. Caos que se repete próximo ao horário do meio dia, e no final da tarde, com o retorno para casa.

No centro da cidade, faltam vagas para estacionar. Poucos respeitam os locais exclusivos para carros e motos. Caminhões param para descarga de mercadorias em qualquer lugar. Vans e ônibus do transporte alternativo param em faixa dupla para descarrego de cargas e transbordo de passageiros. Carros de som trafegam em marcha lenta e com volumes acima do permitido. Para completar, os pedestres não utilizam o passeio público ne as calçadas - preferem andam no meio da rua e atravessar as ruas fora da faixa de segurança.
Isso tudo em plena luz do dia, sem fiscalização ou qualquer tipo de punição. O que não deveria nem ser exceção vira regra.
O poder público precisa ser ágil em encontrar soluções. Os investimentos na melhoria do trânsito há muito não são realizados. Faltam sinaleiras, faixas de pedestres, vagas para idosos e deficientes, disciplinar o tráfego de mão única em muitas vias, e em outras tantas ruas permitir-se o estacionamento em apenas um dos lados da via. É mais que hora de se ter uma zona azul. Ônibus, vans e veículos de carga e descarga precisam de lugares apropriados para estacionamento.
O desrespeito às leis de trânsito e a falta de participação da população em cobrar do poder público uma melhora e até mesmo uma solução para o problema, comprova que ainda somos omissos. E pior, vítimas de nossa própria negligência, pois a punição é nossa: somos nós que sofremos as conseqüências, às vezes, mortais.
Já não dá para esperar mais. É preciso fazer valer os nossos direitos de termos um trânsito organizado. Não podemos terceirizar a nossa cidadania.
Desenvolvimento com Justiça Social.

Fots: www.pauloafonsonoticias.com.br e www.osildoalves.com.br

domingo, 16 de maio de 2010

Paulo Afonso e o PAC 2


O governo federal iniciou na última quarta-feira (12 de maio) uma série de reuniões com prefeitos, governadores e parlamentares para o PAC 2, segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento.
Esta primeira reunião foi realizada em Brasília e transmitida por vídeo conferência para as superintendências regionais da Caixa com o objetivo de que prefeitos e governadores entenderam o que é o PAC, que é uma parceria entre o governo federal, os estados, municípios e a iniciativa privada.
O PAC 2 terá investimentos de R$ 1,59 trilhão e se subdivide em 06 eixos: PAC Cidade Melhor; PAC Comunidade Cidadã; PAC Minha Casa, Minha Vida; PAC Água e Luz para Todos; PAC Transportes e PAC Energia.
Se no passado faltavam projetos, com o PAC 2 as obras previstas para o período de 2011 a 2014 exigem o planejamento dos investimentos. Estados, municípios e a iniciativa privada vão fazer projetos na perspectiva de captar os recursos do PAC 2 que deverão estar previstos no PPA (Plano Plurianual) do governo federal e dos estados.
O município de Paulo Afonso poderá ser beneficiado em cinco grandes eixos:
1. No eixo do PAC Cidade Melhor – que prevê enfrentar os principais desafios das aglomerações urbanas, propiciando melhor qualidade de vida – com o Projeto da Orla, que vai da Prainha Airton Senna até a Prainha do Candeeiro; e o Projeto da Revitalização e Urbanização dos Lagos, desde o bairro Centenário até o Parque Belvedere.
2. No eixo PAC Comunidade Cidadã – que prevê o aumento da presença do Estado nos bairros populares – com o aumento da cobertura de serviços básicos de saúde e a implantação de Unidades de Pronto Atendimento, na área de segurança pública com a implantação de Postos de Policia Comunitária com serviço de monitoramento e veículos para ronda, construção de quadras poliesportivas, creches e pré-escolas, e a implantação da Praça do PAC (espaço integrado de cultura, esporte e lazer, inclusão digital, assistência social, trabalho e prevenção à violência).
3. No PAC Água e Luz para Todos – que prevê ações para desenvolver a agricultura irrigada através da implantação e recuperação de infraestrutura de canais, estações de bombeamento, barragens, adutoras, em regiões semiáridas – com o Projeto Jusante que irá irrigar mais de 35 mil hectares dos municípios de Glória, Paulo Afonso, Santa Brígida e Pedro Alexandre, e através do Programa Luz para Todos garantir a universalização do acesso à energia elétrica.
4. No PAC Minha Casa, Minha Vida – que prevê a redução do déficit habitacional – com a construção de mais de 5 mil unidades habitacionais.
5. No eixo do PAC Energia – que prevê garantir a segurança do suprimento a partir de uma matriz energética baseada em fontes renováveis e limpas – com o Projeto da construção da Usina PA V e da Usina Nuclear do São Francisco.
É nas rodadas de negociação entre a sociedade civil e os dirigentes políticos que os investimentos serão selecionados, priorizando-se os projetos que alavanquem o desenvolvimento local, reduzam a desigualdade social e garantam a sustentabilidade ambiental.
Somente com a participação de todos – sociedade civil, lideranças comunitárias, políticos e governantes – cada um fazendo a sua parte, é que se pode garantir o direito a estes benefícios para o nosso município.
Desenvolvimento com Justiça Social.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Feliz dia do Zootecnista !!!


Parabéns a todos Zootecnistas - os nossos craques em aperfeiçoar alimentos de origem animal em benefício do ser humano - pelo 13 de Maio.

domingo, 9 de maio de 2010

As Demandas da Região e o Diálogo Territorial


Os municípios da nossa região podem ser divididos, em grosso modo, em duas grandes realidades: na primeira temos as áreas que são banhadas pelo rio São Francisco, berço da geração de energia elétrica para o Nordeste através do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, onde a piscicultura em tanques redes para criação de tilápias e a agricultura irrigada vem se destacando como atividades econômicas importantes para a agricultura familiar.
Na outra parte, área de sequeiro e que representa mais de 90% do nosso território, os agricultores familiares ainda convivem com as adversidades do clima semi-árido, e em sua maioria, as comunidades rurais tem uma população empobrecida, carente de políticas públicas e de oportunidades de desenvolvimento, vivendo basicamente da agricultura de subsistência e da criação de pequenos animais. Falta a estes agricultores assistência técnica, acesso às tecnologias de convivência produtiva com a caatinga, apoio na obtenção de crédito e na implantação de programas e projetos de desenvolvimento com geração de postos de trabalho e distribuição de renda.
A exceção de Paulo Afonso, os demais municípios da região são tipicamente rurais, concentrando a maior parte da sua população na zona rural. São municípios com baixa densidade demográfica e grandes extensões territoriais. A infraestrutura de serviços públicos é bastante defasada, com estradas de difícil acesso, sem pavimentação asfáltica, precariedade nos serviços de comunicação, saúde, educação e segurança pública. Lugares que, em pleno século XXI, ainda é comum não se ter acesso a água de qualidade para consumo humano nem para produção. Em diversas comunidades, ainda é uma verdade o catingueiro morar a menos de 500 metros de distancia das redes de transmissão da CHESF e não ter direito ao acesso à energia elétrica.
Nesta semana, na sexta feira 14 de maio, a população da região está sendo convidada para discutir junto com o governo do estado da Bahia o acompanhamento e a execução do PPA (Plano Plurianual Participativo), construído em 2007, com base na participação de milhares de pessoas dos mais diversos setores da sociedade.
Este encontro com o governo do estado, que está se chamando de Diálogos Territoriais, é um espaço para os territórios aprofundarem a discussão sobre os instrumentos de participação direta e controle social nas políticas públicas. É a oportunidade da sociedade civil, de forma franca e construtiva, monitorar e cobrar do governo a execução das políticas publicas que foram definidas no PPA para esta região. Temas como a BA 210, o Programa Luz para Todos, o Projeto Jusante, a UTI do HNAS, o turismo regional, dentre outros, não podem ficar de fora das discussões.
Desenvolvimento com Justiça Social.

sábado, 8 de maio de 2010

Feliz Dia das Mães!!!



A todas as Mães!
Em especial a D. Carmelita Almeida (in memoriam). Quanta Saudade!

domingo, 2 de maio de 2010

Porque precisamos da Usina de Paulo Afonso V


O Brasil é dos poucos países do mundo que possui grandes disponibilidades de geração de energia hidroelétrica, que é a forma mais barata e limpa de se gerar energia.
Embora as disponibilidades existentes para a construção de grandes usinas se encontrem em regiões mais distantes, como é o caso da Usina de Belo Monte projetada para ser construída no Rio Xingu, no estado do Pará, com potência instalada de 11.000 MW/h, e que será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira. Por estar distante dos grandes centros consumidores implicará em maiores custos de transmissão, mas ainda assim, o seu custo por MW produzido assegura competitividade em relação às outras alternativas de geração de energia elétrica.
A geração de energia termoelétrica pode ter um papel complementar, mas não substitutivo à energia hidroelétrica, porque depende de combustível fóssil (petróleo e gás natural), o que implica em uma indesejável dependência de um insumo estratégico, além do fato de ser uma fonte de energia extremamente cara e “suja”, pois não é renovável e polui o meio ambiente.
O uso da biomassa pode desempenhar um papel importante na matriz energética do País, com a vantagem de incentivar o desenvolvimento do campo. Não exige grande volume de recursos, e tanto o setor sucro-alcooleiro como o de produção de equipamentos dominam a tecnologia e têm capacidade instalada, que exige apenas investimentos complementares, principalmente na transmissão.
A energia eólica tem o problema da intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção e o consumo além de provocar um impacto visual considerável e o impacto sobre as aves do local.
A energia solar tem a desvantagem de não ser é produzida durante a noite, o que obriga que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Nos próximos 10 anos o Brasil precisará dobrar o sua quantidade de energia produzida se não quizermos passar pelo constrangimento de um novo apagão. No caso do Nordeste Brasileiro, o Rio São Francisco já tem sua capacidade de produção bastante utilizada nos restando como alternativa a construção das usinas de médio porte a exemplo da usina de Pão de Açucar e a tão sonhada Usina de Paulo Afonso V que, com certeza, é a alternativa de menor custo, pois a parte da construção referente a escavação da galeria já está pronta desde a época da construção da Usina PA IV (foto).

Com a construção da Usina Paulo Afonso V pode-se agregar mais cerca de 2,4 MW/h em curto espaço de tempo, sem grandes impactos ambientais pois aproveitará o reservatório já existente, sem remanejar populações e sem o custo de novas linhas de transmissão. Para Paulo Afonso e região serão cerca de 5 mil novos empregos, oportunidades de trabalho e crescimento econômico por pelo menos 10 anos.
Desenvolvimento com Justiça Social.

1º de maio: Almeida Netto comemora 18 anos com a galera