Objetivo é direcionar, orientar e acompanhar aplicação do crédito rural
Orientar o agricultor familiar para que os recursos financiados pelos bancos sejam bem aplicados, obtendo-se os resultados desejados e evitando o endividamento. Este é o principal objetivo do Programa Crédito Assistido, criado pelo governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura/SDA/Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sistema Faeb-Senar, Ceplac e Desenbahia, para atender as 22 cadeias produtivas consideradas estratégicas e organizadas em câmaras setoriais.
Nesta quinta-feira (12) durante a abertura da Segunda Conferência Estadual das Câmaras Setoriais, um evento dos mais significativos realizado no auditório da Seagri, lotado por mais de 350 pessoas, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e o superintendente do BNB, Nilo Meira fizeram a entrega dos 20 veículos que serão utilizados pelos técnicos coordenadores das cadeias produtivas. Ao receber a chave simbólica, representando os demais técnicos do programa, Ana Cristina Souza dos Santos, chefe do escritório da EBDA em Camamu, afirmou que “esse programa vai mudar para melhor a vida de milhares de agricultores familiares”. Além dos carros zero quilômetro, os técnicos, em sua maioria da EBDA, receberão equipamentos como computadores, GPS e terão asseguradas diárias e combustíveis. O Programa Crédito Assistido, conforme explicou o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri (SDA), Raimundo Sampaio, é uma importante ferramenta para as Câmaras Setoriais, organizadas com o objetivo de elaborar o Planejamento Estratégico da Agropecuária da Bahia para os próximos anos. Sampaio enfatizou que “o Crédito Assistido atende às demandas dos produtores que, organizados nas câmaras setoriais, priorizaram as ações de qualificação do crédito ofertado, sobretudo ao agricultor familiar, visando a melhoria da produtividade e
qualidade da produção, com a introdução de tecnologias modernas”.
As câmaras são das cadeias produtivas do leite; carne; aves; suínos; ovinos e caprinos; bovinos e bubalinos; cacau; hortaliças; borracha natural; florestal; fruticultura; apicultura e meliponicultura; mandioca; pesca e aquicultura; oleaginosas; fibras naturais; cana-de-açúcar; grãos; café; algodão, guaraná, e relações internacionais e comércio
exterior.
De acordo com o secretário Eduardo Salles, o Programa Crédito Assistido é uma forma inovadora de intervenção no setor agropecuário do Estado. Ele lembrou que “quando assumimos o governo, mais de 150 mil agricultores estavam endividados, e uma das causas era a falta de assistência técnica. Hoje, esse número já foi reduzido para cerca de 40 mil. Através do direcionamento, orientação e acompanhamento, esse quadro vai mudar”.
Salles explicou que a meta do programa é capacitar o agricultor familiar para que ele possa aplicar corretamente os recursos e, com o resultado da produção, honrar seus compromissos junto às instituições financeiras, e assim mudar a realidade de cada família contemplada com o Crédito Assistido.
VALORIZAÇÃO
Para o superintendente do BNB, Nilo Meira Filho, o Programa Crédito Assistido representa a valorização da assistência técnica. “Sem a extensão rural, o pequeno produtor está perdido e não terá sucesso”, disse ele,acrescentando que “este programa é um marco na história das cadeias produtivas na Bahia”.
Geraldo Machado, superintendente do Sistema Faeb/Senar, que realizou apresentação explicando como capacitar o produtor rural, disse que sendo orientado e com acesso à tecnologia, o produtor terá melhores resultados e poderá melhorar a qualidade de vida da família.
Coordenador estadual do Programa Crédito Assistido, o diretor de Agricultura da Seagri,
Almeida Júnior, Coordenador estadual do programa Crédito assistido, disse que o programa vai alcançar os pequenos agricultores de todos os 27 territórios de identidade, difundindo tecnologias, visando o aumento da produtividade e facilitando a comercialização, além de estimular o associativismo e o cooperativismo.
Para o secretário executivo da Câmara Setorial do Guaraná, Gerval Teófilo Brito das Neves, “esse programa é fundamental para o planejamento estratégico de todas as cadeias produtivas. Representa recursos para os produtores, que terão acesso a novas tecnologias, aumentando a produtividade e alcançando melhores condições de vida”.
“Era o que faltava para aumentar o número de colméias e fortalecer a apicultura no Estado”, disse Marivanda Elóy, secretária executiva da Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura. Ela disse que “com recursos e a orientação de como melhor aplicar, poderemos alcançar mais rapidamente a meta de termos 50 colméias por apicultor, superando a marca atual de 30 colméias”. Atualmente o Estado conta com nove mil apicultores cadastrados, e produção média de 17,2 kg/ano/colméia. “Até 2015 queremos chegar a 40 kg/ano/colméia”. Lembrando que a maioria dos produtores de café da Bahia são agricultores familiares, o presidente da Associação de Produtores de Café (Assocafé) e secretário executivo da Câmara Setorial do Café, João Lopes, afirmou que o Programa Crédito Assistido “vai aumentar a renda do agricultor familiar e permitir que ele invista em outras atividades, além do café”. Para o diretor da EBDA, Elionaldo Teles, o programa é interessante porque permite que as empresas vinculadas à Secretaria da Agricultura tenham um olhar planejado sobre o Estado inteiro. “O crédito Assistido é uma forma imprescindível para o desenvolvimento da agropecuária baiana.
O Banco do Nordeste é um grande parceiro nesse programa, e os nossos coordenadores, especialistas em cada cadeia produtiva vão identificar as demandas dos vários territórios de identidade do estado da Bahia e as ações necessárias. O evento de abertura da Segunda Conferência Estadual das Câmaras Setoriais e entrega simbólica dos veículos do Programa Crédito Assistido foi concorrido, contando com a presença de todos os coordenadores executivos das cadeias produtivas, dos executivos das câmaras setoriais e de representantes de organizações sociais. Além do secretário Eduardo Salles e do superintendente do BNB, Nilo Meira, participaram ainda o diretor de agronegócio do banco, Paulino Hashimoto; a secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), Mara Moraes Mota; o chefe de gabinete da Seagri, Jairo Carneiro; o diretor geral da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car), José Vivaldo Filho; o superintendente do Sistema Faeb/Senar, Geraldo Machado; o delegado federal do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Wellington Rezende; a superintendente federal do Ministério da Agricultura (Mapa/Bahia), Virgínia Hagge; o chefe geral da Embrapa, Domingos Haroldo Reinhardt; o presidente da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Elionaldo Faro Teles, e o diretor de Agricultura da empresa, João Bosco; os superintendentes de Desenvolvimento Agropecuário, e de Agricultura Familiar da Seagri, Raimundo Sampaio e Wilson Dias; o diretor de Agricultura da Seagri, Almeida Junior; o diretor geral da Agência Baiana de Defesa Agropecuária (Adab), Paulo Emílio Torres, e o deputado estadual Mário Negromonte Júnior, dentre outras autoridades. Fonte: Ascom/ Seagri, em 12 de julho de 2012
Josalto Alves – DRT-Ba 931
71.9975.2354 3115-2794